SÓ NA PRESSÃO
O Instituto Royal anunciou nesta quarta-feira que decidiu interromper definitivamente as atividades de pesquisas animais realizadas em seu laboratório de São Roque, no interior de São Paulo, menos de um mês após ser invadido por ativistas que acusam a instituição de maus-tratos. Segundo o instituto, a decisão levou em conta "as elevadas e irreparáveis perdas" decorrentes da invasão, além do clima de insegurança criado desde então.
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"Tendo em vista as elevadas e irreparáveis perdas e os danos sofridos em decorrência da invasão realizada no último dia 18 - com a perda de quase todo o plantel de animais e de aproximadamente uma década de pesquisas -, bem como a persistente instabilidade e a crise de segurança que colocam em risco permanente a integridade física e moral de seus colaboradores, os associados concluíram que está irremediavelmente comprometida a atuação do Instituto Royal para dar continuidade à realização pesquisa científica e testes mediante utilização de animais. Por este motivo, o instituto decidiu encerrar suas atividades na unidade de São Roque", anunciou a direção do Royal".
De acordo com o Instituto Royal, o encerramento das atividades levará à demissão de funcionários, que já foram comunicados da decisão. "A decisão, por ora, não afetará a unidade Genotox, de Porto Alegre (RS), onde não se faz experimentação animal", completou o instituto, que também manterá em funcionamento o Comitê de Ética, "formado por colaboradores do laboratório, que conta com veterinários, biólogos e membros da Sociedade Protetora dos Animais, conforme a legislação vigente".
Os animais remanescentes no instituto continuarão recebendo "tratamento e destinação adequados", garante a instituição, que lamentou a interrupção de pesquisas com testes pré-clínicos para o desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de doenças como câncer, diabetes, hipertensão, epilepsia, entre outros. "Com essa decisão, interrompe-se o trabalho do único instituto laboratorial do Brasil capacitado e regulamentado para exercer este tipo de pesquisa. A partir de agora, qualquer empresa interessada na realização de testes para registro de medicamento será obrigada a realizar suas pesquisas fora do País, até que outro laboratório seja credenciado pelo Concea (Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal) para essa atividade", cita o instituto.
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