Polícia quer aprofundar as investigações sobre maus-tratos em São Roque.
O delegado seccional de Sorocaba (SP), Marcelo Carriel, informou nesta terça-feira (22) que o Instituto Royal, em São Roque(SP), invadido na madrugada da última sexta-feira (18) por ativistas dos direitos dos animais, será alvo de uma nova perícia pela Polícia Civil para os dois inquéritos que foram abertos sobre o caso: um apura o furto qualificado de 178 cães da raça beagle, e outro, as denúncias dos militantes de que havia maus-tratos contra os animais.
Carriel, que coordena as investigações, sob responsabilidade da Delegacia de São Roque, diz que houve uma perícia no dia em que a empresa foi invadida, mas a prioridade foi verificar os danos causados. Agora, o foco será buscar mais informações sobre onde os animais ficavam e como eram os testes e procedimentos, para verificar se realmente havia atos de crueldade.
Os ativistas alegam que só invadiram o local depois que ouviram, do lado de fora, uivos de cães que, segundo eles, estariam sendo submetidos a maus-tratos. Funcionários e os responsáveis pelo Instituto Royal devem ser ouvidos ainda nesta semana, segundo o delegado. A empresa nega as acusações e diz que cumpria todas as normas governamentais a respeito de testes com o uso de animais.
Carriel confirmou ainda que a polícia já identificou e começou a intimar para prestar depoimento de 15 a 20 ativistas que invadiram o Instituto Royal na madrugada da última sexta-feira (18) e levaram os 178 cães da raça beagle que eram usados para testes de medicamentos e cosméticos no laboratório situado em São Roque (SP).
Entre os ativistas que terão de prestar depoimento estão a atriz Nicole Puzzi e a apresentadora Luisa Mell. Segundo o delegado, as pessoas que não moram em São Roque poderão prestar depoimento em suas cidades.
O movimento nos últimos dias em frente ao laboratório foi tranquilo - a vigilância no local, próximo à rodovia Raposo Tavares, foi reforçada e os portões permanecem fechados.
Entenda o caso
Ativistas invadiram o Instituto Royal na madrugada de sexta-feira (18) e retiraram do prédio 178 beagles e sete coelhos que eram usados como cobaias. Os manifestantes alegam que os animais eram submetidos a maus-tratos, o que a empresa nega.
Outro protesto foi marcado, pelas redes sociais, na manhã de sábado (19). Cerca de 700 pessoas participaram, em frente ao instituto. Um grupo de mascarados entrou em confronto com a Polícia Militar, que usou balas de borracha para dispersar a multidão. Carros da PM e da imprensa foram incendiados.
A rodovia Raposo Tavares, que fica próxima à empresa, chegou a ser interditada pelos manifestantes durante o protesto.
Ativistas invadiram o Instituto Royal na madrugada de sexta-feira (18) e retiraram do prédio 178 beagles e sete coelhos que eram usados como cobaias. Os manifestantes alegam que os animais eram submetidos a maus-tratos, o que a empresa nega.
FOTO: FLAVIO LAMAS INFORMAÇÕES: G1 E REDES SOCIAIS |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Expresse sua opinião Comente, o espaço é seu querido leitor